Que a velocidade é a paixão na vida de Antônio Pizzonia, todos sabem. O ex-piloto de Fórmula 1 atualmente participa da Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro. Mas o que poucos sabem é que o amazonense, de 32 anos, é apaixonado por outro tipo de corrida. O Jungle Boy (garoto da selva), como ficou conhecido, desde 2010 tomou gosto pelo triathlon, disputou o Ironman Brasil em 2011 e este ano disputará a prova do México.
A mais recente paixão de Pizzonia começou quando ele participou do casamento de um amigo em Florianópolis, em 2010. De olho na cerimônia e nas provas de resistência que estavam ocorrendo no mesmo fim de semana, o piloto acabou se encantando pela disputa na categoria profissional e, no ano seguinte teve que nadar (3,8 km), pedalar (180 km) e correr (42 km), concluindo a prova em 11h16m03s.
- Minha paixão pelo triathlon começou em 2010. Já tinha corrido uma 'meia' prova em Miami. Me informei e disseram que para competir nas provas de natação, ciclismo e corrida teria que me preparar uns cinco anos. Foi um desafio para mim, mas no ano seguinte já estava competindo - afirma.
Em 2012, o piloto que concilia os treinos na Stock Car com os treinamentos físicos em Manaus, iria participar pela segunda vez do ironman Brasil, mas por conta do maravilhoso 'imprevisto' - o nascimento do filho, Antonio Pizzonia Neto - acabou desistindo de ir para ficar ao lado do filhão.
- Ele nasceu antes de ir para a competição (risos). Estava previsto para ele nascer dez dias depois do evento que teve início no dia 27 de maio, e ele se apressou e veio no dia 23. Treinei e me preparei, mas sabia do risco de não poder ir. Foi uma justa causa - sorrir o atleta, que a mantém o ritmo para as provas na Stock Car.
Com a chegada do filho, Pizzonia quer ir mais longe e já treina para a disputa do Iroman que será realizado no dia 25 de novembro em Cozumel, no México.
Distante das pistas e do ronco dos motores da Fórmula 1, Pizzonia não vê possibilidades de voltar para a principal categoria do automobilismo mundial, por onde correu pela Jaguar em 2003 e como piloto de testes da Williams em 2004, correndo algumas etapas em 2006.Fórmula 1
- Muito difícil eu voltar para a F1, as coisas mudaram. Hoje 70% do grid são de pilotos que levam patrocinadores. Pagam para correr. Na minha época, as coisas eram o contrário, 90% eram pilotos que recebiam para correr e apenas 10% levavam patrocinadores - revela.
Sobre o atual momento que Felipe Massa vive na Ferrari, o amazonense acredita na confiança dos diretores da equipe Italiana no piloto.
- É difícil falar, mas acho que o Felipe tem uma confiança muito grande por tudo o que ele fez nos últimos anos na Ferrari. No meu ponto de vista, se forem fazer mudanças farão em julho ou agosto, tudo é decido para 2013 nesse período.
Pilotos Brasileiros
Sobre a possibilidade de o Brasil ter um piloto que repita o mesmo feito do lendário Ayrton Senna, Pizzonia não se anima e faz uma previsão para os próximos anos baseada na realidade vivida pelos brasileiros.
- Analisando os próximos cinco anos, infelizmente acho que o Brasil não terá uma safra muito boa de pilotos. Acho que devido a economia brasileira. O piloto que está começando tem que sair do Brasil e o automobilismo aqui dentro do país é tudo importado. Motores, pneus e tantas outras coisas. Tudo depende muito da variação do dólar - explica.
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